Tabaco/com flores e com ervas .

Planta mestra, utilizada com fins rituais e curativos pelos nativos das Américas. Conhecida também pelo nome de Samah, Semma, Kinikinik, ou salgueiro vermelho. Os nativos a fumam em uma pipa sagrada, mascam ou utilizam suas folhas para cura de feridas e outros fins. Regula a energia, purgativo, enxaqueca, repelente. Para proteção e para conexão com o Grande Espírito. O contato com o espírito mestre desta planta nos trás sabedoria e nos ensina a cura. É também utilizado como oferenda. Atenção, a fumaça do tabaco nunca é tragada. O tabaco aqui citado, não é industrializado, e sim o Tabaco Xamânico. O Tabaco sempre foi considerado pelos índios como uma Planta de Poder, porém caiu em mau uso pelos brancos, perdendo sua força original e seu poder, sendo usado responsável por terríveis males no organismo. O tabaco selvagem é uma planta muito poderosa e curativa, em seu estado original e na forma correta de sua utilização. O tabaco é considerado uma das plantas mais sagradas do xamanismo. Ele fumado no Cachimbo Ritualístico carrega as preces para o Universo. É usado para fazer oferenda aos guardiões, ao Grande Mistério, etc.
Fumar tabaco (em ritual) é evocar o Plano Espiritual.
Desde a aparição da Mulher Búfalo Branco para os nativos norte-americanos, o tabaco é considerado uma planta que traz claridade. Ele é o totem vegetal da Direção Leste, do Elemento Fogo.
E, como tudo que é fogo, é ambíguo. Pode elevar, transmutar ou pode destruir.Quando o tabaco é utilizado espiritualmente, traz purificação, centramento, transforma energias negativas em positivas, serve de mensageiro.
Quando utilizado como vício pode matar.
É utilizado no Xamanismo Universal. No Perú é fumado em rituais na Pipa (cachimbo) e na forma de cigarro. Os ayahuasqueiros chegam a dizer que :Sin tabaco ! Sin la Ayahuasca ! Geralmente o fumo não é tragado (tragar é coisa do vício).
No Perú também extraem o mel de tabaco, um poderoso alterador de consciência.
Podemos ver nos rituais afro (candomblé, umbanda, etc) a utilização do tabaco pela entidades, fazendo purificações, passes, exorcismos, oferecer charutos em despachos,etc.
No Chanupa (EUA), para cada pitada de tabaco, convida-se um espírito para participar do ritual. Ele também é ofertado para os espíritos, para o fogo, utilizado para abrir portais da mata, honrar a Criação, confeccionar bolsas medicinais, pacote de preces, etc.
Segundo Sangirardi Jr., o caráter religioso da fumaça remonta tempos imemoriais. Desde as cavernas da pré-história, o homem adorava o fogo. O fogo aquecia. Preparava os alimentos. Aclarava as trevas noturnas. Afastava os animais bravios. E passou a afastar também os espíritos inimigos e as forças adversas. Do fogo nasce a fumaça, que passa a participar do mesmo poder de purificar, exorcizar, de evocar os espíritos. Fumado ou ingerido, produz o êxtase dos curandeiros, colocando-os em contato com forças superiores e invisíveis, que lhes permitem curar doenças, prever o futuro, afastar maus espíritos, purifica e neutraliza forças adversas. Como expansor da consciência, é também usado um mel de tabaco, que é lambido. Também conta-se, que na forma de rapé, é utilizado para harmonização com os seres espirituais da floresta. Os rituais com cachimbo são utilizados por todos os povos xamânico de todos os continentes. Também utilizados na forma de charuto, ou na palha do milho, mascados.É utilizado pelos nativos como estimulante capaz de vencer a fome, a sede e o cansaço. Muitos povos nativos contam a história de uma Mulher Sagrada, que engravidou de gêmeos. Mesmo dentro do útero esses dois gêmeos brigavam. Um representava tudo o que era bom nos humanos, enquanto o outro representava o oposto. Quando chegou o tempo do nascimento, o garoto bom nasceu de maneira tradicional. O outro gêmeo estava tão ansioso para sair do útero, que ele se chutou para fora da mulher, ferindo-a mortalmente. O bom filho permaneceu com a mãe, e com seus extraordinários poderes, sepultou-a conforme suas instruções. Ela lhe contou que mesmo com sua morte, boas coisas viriam para o povo. Ele permaneceu próximo de seu túmulo por alguns dias, conforme seu pedido. Antes que ele fosse embora, viu que de seu corpo nasceram as três plantas irmãs : milho - feijão e abóbora - que deste momento em diante dariam sustento ao seu povo. De sua fronte nasceu a Planta Sagrada: Tabaco. Com freqüência, é usado para se fazer oferendas para os Espíritos Guardiões. Fumar tabaco é chamar o plano espiritual para ajudar. Segundo Sun Bear, se alguém fuma por diversão, estará continuamente chamando Espírito para si com um falso alarme. A maior parte do tabaco comprado em lojas é misturado com material químico, nocivo à saúde.Um dos nomes nativo-americano para a mistura do fumo é "kinniknnik ", que pode ser uma erva apenas (uva-ursi) ou uma combinação. O tabaco é uma planta de grande ajuda. Utilizada para defumação ou no Cachimbo Sagrado, ele pode, trazer novos começos para quem quer que o esteja usando ou para quaisquer projetos ou lugares para o qual ele é queimado.O xamanismo entre os Macurap, bem como nas demais sociedades da região oriental do Guaporé, se caracteriza pelo uso de um alucinógeno: as sementes de angico, que são maceradas até virarem pó e misturadas com um tipo especial de fumo, cultivado para este fim. Chamou a atenção de Rondon o fato de que os índios "não fumavam", mas usavam "tomar rapé por meio de um dispositivo bastante engenhoso, o qual consiste em um tubo de taquarinha, de dois palmos de comprimento, tendo numa das extremidades, um pequeno recipiente carregado de pó de tabaco, a pessoa que vai tomar a pitada aproxima-o das narinas, e outra pessoa, servindo-se da extremidade livre do tubo, sopra por ele, fazendo o rapé penetrar nas fossas nasais do tabaquista, que auxilia a operação mediante profunda inalação". A descrição corresponde exatamente à forma como, ainda hoje, é aspirada a mistura de pó de angico e fumo, que Rondon chamou de “rapé" (Maldi, 1991).O uso do tabaco com pó de angico em situações que põe em causa a presença de espíritos, doenças ou alguma dificuldade é recorrente no repertório mítico macurap.No que diz respeito ao mito de origem desse povo, como aponta Maldi (1991), muitas diferentes versões evidenciam a origem dos 21 clãs como a origem da própria sociedade. Os grupos emergem ostentando simbolicamente o objeto, planta ou animal epônimo. E, como quase sempre ocorre nos mitos de origem das sociedades indígenas sul-americanas, a gênese da sociedade é a gênese da própria humanidade e todos os demais povos surgem em episódios posteriores. Os brancos são originários do mesmo local e a sua característica é a hostilidade: "armas de fogo":Havia dois irmãos, Bejü e Nambô, que moravam dentro de um buraco de pedra. Queriam sair, mas não sabiam como. Nambô preparou tabaco (fumo e semente de angico macerado) para fumar e fazer o buraco abrir.Após fumar, o buraco se abriu e começou a sair gente: os Mutum, os Sabiá, os Saúva e todos os outros. Cada um levava nas mãos o animal que era o seu nome. Alguns saíram com lamparinas de breu de jatobá; outros, com panelas de barro. Depois de saírem todos os Macurap, começaram a sair os Jabuti, Tupari, Aruá... nor fim saíram os eré. Saíram com armas de fogo, atirando. Por isso os Jabuti ficaram com medo, correram para o mato e ficaram bravos.A partir desta estrutura básica, existem vários outros mitos envolvendo os irmãos Bejü-Nambô. A autora destaca, por exemplo, o mito de origem do milho:Somente os Rato tinham milho. Bejü transformou-se num nambu-preto e foi até a aldeia dos Rato. Atou sua rede perto de um pote cheio de milho, para roubar. De manhã foi embora, levando o milho. Chegando na aldeia dos seus parentes, mandou que as mulheres abrissem os maricos e neles despejou os grãos.Bejü conseguiu encher três maricos com sementes. Os outros foram então plantar o milho. Ele se deitou e ficou esperando o milho crescer.Passado algum tempo, sua irmã cozinhou grande quantidade de milho. Bejü comeu tudo. Ficou com a barriga inchada. Chamou Nambô para curar. Nambô soprou sua barriga e ele ficou bom.Em seu trabalho de compilação de narrativas entre povos indígenas em Rondônia, Betty Mindlin publicou versões mais recentes de mitos macurap. Em alguns destes, os irmãos Nambô e Beijü registrados por Maldi têm os nomes de Nambué e Beiju, tal como na história:Narrador: Alfredo Dias Macurap, 1989Havia dois irmãos, e um deles era capaz de inventar muitas novidades. Um dos irmãos passava fome, andava pedindo esmola, e o outro irmão comia bem.Os irmãos tinham, ainda, uma irmã. Esta viu que o irmão comia bem, que a comida aparecia sozinha, e que ele não precisava trabalhar para comer, Queixou-se para o outro:Nós só comemos palmito, e ele macaxeira, já prontinha!Também não tinham água, ate o irmão inventar. A água deles, até então, era sororoca de palha ou de árvore parecida com a bananeira: era preciso furar e beber. Um dia, o irmão mais novo viu que o mais velho estava bebendo água de verdade.- Deixa um pouquinho de água para mim, para eu experimentar, porque minha água é muito grossa, de poça d'água! - pediu, vendo que a água do irmão era limpinha.O mais velho não queria dar, mas o outro tanto insistiu, que ele pegou um pau e atirou, para mostrar com o barulho da queda onde é que tinha água. O mais novo foi procurar, mas não achou. É que o mais velho bebia a água, e depois ela sumia.O mais velho chamava-se Nambué, e o mais novo, Meiu, ou Beiju, e a moça, Nantonká.Beiju tanto pediu água, que Nambué lhe deu - mas veio tanta água, que cobriu Beiju, que ficou borbulhando dentro d'água.A irmã pediu para Nambué procurar Beiju.Nambué fumou um cigarro, soprou, e aí saiu o irmão dele, inteirinho, como era antes.— Mano, eu estava aqui, guardando nossa água, quando ela te cobriu – disse, mentindo, pois ele é que tinha inundado o outro.Pois é, o mais velho vivia comendo, sem trabalhar, não sofria, vivia inventando coisas. Enquanto comia macaxeira, o outro só tinha urtiga.Nambué tinha casa bonita, e Beiju tinha que carregar os troncos nas costas, sozinho. Ia puxando o pau, arrastando para fazer a maloca, mas o pau sumia. Cada vez que olhava para trás, não via mais o pau. Uma hora olhou bem rápido, e viu mão de gente segurando os troncos. Correu para a casa do irmão.— Mano, vem achar nosso filho comigo...Nambué já sabia que existia gente, mas não tinha dito nada. Nambué mandou o irmão fechar os olhos, e pitou um cigarro. O mato desapareceu, houve uma limpeza mágica, e fez-se um campo grande.Foi saindo gente de dentro da terra, e eram tantos grupos como há hoje: mutum, macaco, tudo. Só saia gente, bichos, não.Aparecia uma gente toda enfeitada, bonita, mulheres, homens, crianças.Nambué queria que falassem só uma língua, mas cada povo foi para um lado, e ficou como hoje, cada povo falando uma língua diferente. Foi Beiju, o irmão mais novo, que passou por todos os cantos, mudando as línguas.Os irmãos precisaram ensinar o trabalho às pessoas. Fizeram plantação, roça deles todos, com macaxeira, milho, mundubim. Nambué mandou o mais novo tomar conta de uma parte das pessoas, enquanto ele tomava de outra.Beiju, descuidado, mandou uma chuva imensa, uma alagação, que matou todo mundo. Apodreceu todo o mato, acabaram as plantas.Nambué ficou bravo com Beiju, que mandara alagar tudo, e empurrou toda a água, foi fazendo secar. Sobraram só um irmão e uma irmã, em cima de uma serra, e estes e que foram semente de gente, fazendo a humanidade recomeçar.(uma versão mais longa está publicada no livro Tuparis e Tarupás, de Betty Mindlin e narradores indígenas)Um tema presente na mitologia macurap e bastante recorrente em narrativas de outros povos amazônicos diz respeito ao Cobra, um homem belo e sedutor que depois se revela não-humano. Clique aqui para conhecer outra narrativa macurap, que tem como personagem o Cobra e outros seres que ora se apresentam como humanos, ora como bichos ou espíritos, explicitando o universo altamente transformacional das cosmologias ameríndias e abordando temas centrais tais como as relações com outros grupos via casamento ou festas intercomunitárias.

Outras formas de utilização

Entre os mateiros brasileiros, eles utilizam-se do rapé, para se harmonizarem com os seres da floresta.
Existem várias formas de utilização. Por exemplo : ao invés de utilizar produtos químicos, agrotóxicos para combater pulgões e outras pragas no seu jardim, faça uma maceração a frio com 50gr. de tabaco puro, ou fumo-de-rolo picado, durante 24 horas.
Leve para a panela, adicionando 20 pimentas, uma colher de sopa de cinzas peneirada, um pedaçõ de sabão de coco e um maço de losna.
Deixe cozinhar por 20 minutos. Ao esfriar coe. Para utilizar dilua um copo dessa solução em 3 litros de água.



COMPRESSA PARA RETIRAR ENERGIAS NEGATIVAS

Para meio litro de água, coloque 4 colheres de sopa de folhas secas de tabaco ( caso não ache, serve fumo-de-corda), levando ao fogo até ferver. Quando ferver, deixe mais 5 minutos em fogo brando e retire deixando em repouso por 15 minutos coberto por um pano branco. Coe.
Pegue um pano que cubra toda a area do abdômem.Molhe o pano na infusão do tabaco e coloque em seu abdômem, deixando por 30 minutos.Esta compressa remove energias emocionais estagnadas, formas de pensamentos, quebrantes, etc.
Segundo Sangirardi Jr., o caráter religioso da fumaça remonta tempos imemoriais. Desde as cavernas da pré-história, o homem adorava o fogo. O fogo aquecia. Preparava os alimentos. Aclarava as trevas noturnas. Afastava os animais bravios. E passou a afastar também os espiritos inimigos e as forças adversas. Do fogo nasce a fumaça, que passa a participar do mesmo poder de purificar, exorcizar, de evocar os espíritos.
Fumado ou ingerido, produz o extase dos curandeiros, colocando-os em contato com forças superiores e invisíveis, que lhes permitem curar doenças, prever o futuro, afastar maus espíritos, purifica e neutraliza forças adversas.
Como expansor da consiência, é também usado um mel de tabaco, que é lambido. Também conta-se, que na forma de rapé, é utlizado para harmonização com os sêres espirituais da floresta.
Os rituais com cachimbo são utilizados por todos os povos xamânicos de todos os continentes. Também utilizados na forma de charuto, ou na palha do milho, mascados.É utlizado pelos nativos como estulantes capaz de vencer a fome, a sede e o cansaço.
Muitos povos nativos contam a história de uma Mulher Sagrada, que engravidou de gêmeos. Mesmo dentro do útero esses dois gêmeos brigavam. Um representava tudo o que era bom nos humanos, enquanto o outro representava o oposto. Quando chegou o tempo do nascimento, o garoto bom nasceu de maneira tradicional. O outro gêmeo estava tão ansioso para sair do útero, que ele se chutou para fora da mulher, ferindo-a mortalmente.
O bom filho permaneceu com a mãe, e com seus extraordinários poderes, sepultou-a conforme suas instruções. Ela lhe contou que mesmo com sua morte, boas coisas viriam para o povo. Ele permaneceu próximo de seu túmulo por alguns dias, conforme seu pedido. Antes que ele fosse embora, viu que de seu corpo nasceram as tres plantas irmãs : milho - feijão e abóbora - que deste momento em diante dariam sustento ao seu povo. De sua fronte nasceu a Planta Sagrada : Tabaco.
O tabaco é considerado uma das plantas mais sagradas, por muitos povos nativos. Para os nativos norte americanos, quando fumado no Cachimbo Sagrado, ele carrega as preces para os espíritos. Com frequência, é usado para se fazer oferendas para os Espíritos Guardiões. Fumar tabaco é chamar o plano espiritual para ajudar. Segundo Sun Bear, se alguém fuma por diversão, estará continuamente chamando Espírito para sí com um falso alarme. A maior parte do tabaco comprado em lojas é misturado com material químico, nocivo à saude.
Um dos nomes nativo-americano para a mistura do fumo é "kinniknnik ", que pode ser uma erva apenas (uva-ursi) ou uma combinação.
O tabaco é uma planta de grande ajuda. Utilizada para defumação ou no Cachimbo Sagrado, ele pode, trazer novos começos para quem quer que o esteja usando ou para quaisquer projetos ou lugares para o qual ele é queimado.


Temos tabaco Organico com mistura de ervas e somente com mistura de flores e polem .



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